A importância do planejamento estratégico no ramo da gastronomia em momentos de crise
Diversificar os negócios, ainda que dentro do mesmo segmento, pode ser uma grande estratégica de crescimento no ramo da alimentação
O planejamento estratégico se tornou uma ferramenta de considerável valor agregado para as empresas no cenário econômico atual.
Entender as possibilidades futuras de seus negócios, mapeando riscos e fomentando oportunidades de crescimento, tem sido o grande desafio dos empreendedores que buscam sobreviver em seus mercados em um período de crise global. Neste viés, alguns empresários têm se destacado mesmo em meio à crise com sua capacidade de organizar, planejar e construir modelos de planejamento estratégico além do senso comum.
A importância do planejamento estratégico
“O planejamento estratégico equaliza as vertentes da criação multinegócios dentro de uma mesma expertise, considerando que uma das premissas do empreendedorismo é o investidor não se arriscar em mercados desconhecidos por ele e seus sócios”, explica Jamerson Moreira, professor de Estratégia Empresarial no ISAE Escola Negócios.
“Desta forma, para aqueles empreendedores que já possuem know how em determinados segmentos, a fórmula secreta é a investigação de oportunidades dentro das áreas já conhecidas, pois já se tem informações sobre riscos, necessidades, comportamentos, vulnerabilidades e afins”, complementa o especialista.
Este é o caso do empreendedor José Araújo Netto, responsável por diversos empreendimento gastronômicos, entre eles as redes Mr. Hoppy e Porks – Porco & Chope, além do Bar Quermesse e do Bar do Açougueiro. Araújo Netto aproveitou as oportunidades geradas pelo ambiente econômico do país para diversificar seus negócios e atuar em subsegmentos específicos, oferecendo opções aos clientes focadas em várias vertentes da gastronomia, como carne de porco, churrasco gaúcho, comida de boteco e chope artesanal.
“Nós vendemos produtos de desejo a um preço acessível, para chamar a atenção de todos os públicos, sejam trabalhadores da região, famílias curitibanas ou jovens em busca de lazer”, comenta o empresário.
Para Jamerson Moreira, o planejamento estratégico não se restringe à diversificação no “mix” de produtos e serviços, por exemplo. “Quando existe a oportunidade de diversificar o modelo do negócio dentro do segmento, diversas oportunidades são construídas, como o atendimento diferenciado por faixa etária, acessibilidade a produtos com relevância na diversidade das classes sociais, geração do desejo de consumo ou ainda adaptação para restrições alimentares e tratamentos medicinais alternativos”, observa o especialista. “Cada um dos meus negócios tem uma linguagem e um público alvo diferente, além de histórias e características bem peculiares. Conseguir essa diversificação é um dos segredos do nosso sucesso”, completa Araújo Netto.
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Isae
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