Sorvete saudável, feito à base de plantas, tem a mesma cremosidade que gelatos italianos

A marca curitibana Nice Foods traz ao mercado nacional uma opção perfeita para quem leva uma vida saudável, mas não abre mão de um sorvete delicioso


Atualmente são 8 sabores disponíveis do sorvete

Esqueça tudo o que você sabe (ou imagina) sobre sorvetes veganos e lembre dos sorvetes à base de leite de vaca, que são cremosos e saborosos. Agora imagine essa mesma textura, com um sabor delicioso e feito somente com o uso de ingredientes à base de plantas. Essa é a proposta da Nice Foods, que chega ao mercado com a missão de reinventar a forma como são feitos os alimentos que estão presentes no nosso dia a dia, porém utilizando matérias-primas orgânicas e naturais, sem carne, lactose e o mínimo de industrializados possível.

Segundo uma pesquisa realizada pelo Ibope em 2018, cerca de 14% dos brasileiros dizem ser vegetarianos, e esse estilo de vida só tem conquistado mais adeptos. Na mesma pesquisa, é possível observar um crescimento de 75% em relação aos dados coletados em 2012. Porém, a chegada da Nice Foods ao mercado não é uma notícia boa apenas para os veganos e vegetarianos, seu sorvete é muito mais saudável do que as opções à base de leite de vaca e uma ótima opção para os intolerantes à lactose também.

Como surgiu

 

A bióloga Paola Stier, que não consome carne há mais de 10 anos, sentia dificuldade em encontrar sobremesas que não utilizassem ingredientes derivados de animais. Diante disso, ela, o publicitário Thiago Lorusso e o administrador Marco Bindé, se uniram para estudar e desenvolver uma receita de sorvete sem utilizar leite de vaca.

Na foto os sócios Thiago, Paola e Marco

Paola, como bióloga, atuou na área de pesquisa em biologia molecular, o que fez com que o processo de produção se transformasse em uma verdadeira pesquisa científica. “Entendemos a função de cada molécula e processo, e fomos buscar ingredientes substitutos feitos à base de plantas”, afirma.

Após quase 10 meses de estudos e mais de 500 testes, eles conseguiram chegar a um algoritmo que cria receitas de qualquer sabor com a mesma qualidade de um gelato italiano tradicional. Atualmente a marca conta com oito sabores, que contêm cerca de 90 calorias por bola. “Procuramos abranger os mais variados gostos: desde a baunilha tradicional, perfeita para acompanhar a sobremesa do final de semana, até sabores com mescla, como brownie e cookies que formam uma sobremesa completa, nunca antes disponível para veganos e intolerantes à lactose”, diz Thiago.

O empreendedor afirma que o maior diferencial do produto é a preocupação em oferecer algo saudável e vegano, sem perder a qualidade. “A nossa base é feita de castanha de caju orgânica, da qual nós mesmos produzimos o leite; já os açúcares, essenciais na estrutura de um sorvete, são o demerara orgânico e eritritol, o que ajuda a diminuir o índice glicêmico e calórico da receita”.

Mercado

 

A Nice Foods traz ao mercado não só um sorvete vegano, mas todo um conceito que busca levar aos consumidores um produto 100% feito com produtos naturais e com uma proposta sustentável.

Um dos maiores diferenciais da marca é a preocupação com o meio ambiente. Hoje eles oferecem o único sorvete que não utiliza plástico em sua embalagem – ele vem em um pote de vidro que pode ser reutilizado para outras funções após o uso. A versão de 600 ml custa em torno de R$29,90, e é uma das poucas opções de sorvete vegano no país que pode ser adquirido para consumo em casa (a maior parte é encontrada somente em gelaterias).

O mercado de produtos veggies (vegetarianos e veganos) se encontra em plena ascensão, fazendo com que o segmento se fortaleça cada vez mais. Segundo dados da Mintel, a oferta de produtos livres de ingredientes de base animal cresceu 677% no Brasil entre 2014 e 2018.

Em Curitiba a Nice Foods já está em mais de 30 pontos de venda e a aceitação do público é ótima. Para 2020 os planos incluem a expansão para os estados do Sul e Sudeste.

“Um ponto muito forte para nós foi quando demos nosso sorvete para não veganos e eles não conseguiriam identificar que o produto não continha leite de vaca. Esse foi nosso termômetro para saber que estávamos no caminho certo”, finaliza Thiago.


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