Atenção botequeiros de Curitiba! Tem novidade na cidade: o bar Otelo (Alameda Carlos de Carvalho, 625 – Centro). O caçula da capital paranaense nasce com a cara de um “senhor simpático”, que zela pela aparência, bons modos e tradição. Um espaço democrático, voltado para um público formador de opinião que busca um ambiente acolhedor com cardápio impecável de secos & molhados e atendimento exemplar. Sim, o novo empreendimento do empresário Ewerton Antunes segue os mandamentos dos melhores botequins do país e funciona de segunda a sexta, a partir das 16 horas, e aos sábados, começa ao meio-dia com feijoada e música ao vivo. Encerrando suas atividades sempre à meia-noite. Domingo é o dia do descanso.
A atmosfera da casa quer passar para os clientes a memória afetiva de um lugar do passado onde eles foram felizes. O conceito do bar nasceu assim, das boas recordações. O nome, “ Otelo”, é uma homenagem do dono a uma pessoa muito querida na sua juventude, no interior do Paraná. Um boêmio à moda antiga, que ia para os bares da cidade e conhecia todo mundo, não arrumava confusão com ninguém. Tratava os garçons pelo nome e dava gorjetas generosas. Um senhor boa-praça, cordial, com um sorriso no rosto e sempre impecavelmente vestido num terno de linho. A gravata borboleta era sua marca pessoal e acabou sendo incorporada na logomarca do bar.
O ambiente harmoniza o presente e com o passado. Os garçons, todos com mais de 40 anos de experiência, atendem no salão com chão xadrez preto e branco, com mesas e cadeiras de madeira. Nas paredes, os quadros alternam fotos antigas com recortes de jornais dos tempos de outrora. O detalhe mais moderno do bar são as duas televisões passando jogos esportivos… tudo que tem no Otelo veio das pesquisas e da experiência do dono da casa como botequeiro raiz. O cardápio oferece petiscos variados que vão da porção de amendoim ao bolinho de bacalhau. Na parte das bebidas as ofertas são variadas, para todos os gostos, desde o chope da Brahma bem tirado com colarinho profissional, passando pelas cervejas de garrafa estupidamente geladas e, também com os drinques tradicionais, como o Rabo de Galo.
Mas o bar tem muito mais. Quem for ao Otelo vai poder escolher entre petiscar – não falta a tradicional Carne de Onça, pasteizinhos, Camarão Crocante à Doré e outros “belisquetes” – ou fazer uma refeição caprichada. E aí entram os “pratos de resistência” como a Polenta Brustolada à Parmeggiana, o Filé à Oswaldo Aranha, a Dobradinha da Vovó, a sopa Leão Veloso (aquela com frutos do mar) entre outras opções com “sustância”, para fortalecer o cliente. Uma curiosidade: as únicas novidades gastronômicas estão nas sobremesas: o “Chopp de Colher (que é uma gelatina com mousse de maracujá) e o “Pavê de Caipirinha”, criações da jovem chef Indianara Barbosa, que comanda a cozinha do bar.
O Otelo nasceu com uma vocação natural para investir na cultura brasileira. A gastronomia informal dos bares anda de mãos dadas com nossas manifestações culturais. E isso vai acontecer naturalmente no bar. Não somente na playlist com clássicos da música brasileira, mas, também, com a roda de choro durante as feijoadas de sábado. “Nós queremos oferecer o Otelo para que a classe artística tenha um bar para chamar de seu”, convida o dono. Neste caso, já está aberta a pauta para o lançamento de livros e exposição de fotos na Otelaria, a galeria de imagens na parede do local. Além disso, o Otelo vai disponibilizar aos clientes uma pequena biblioteca com publicações que contam sobre a história dos bares do Brasil.
O caçulinha da boemia curitibana também vai mudar mensalmente seu jogo americano de papel que traz curiosidades, agenda cultural da cidade, um horóscopo malcriado e até poesia mal rimada, como essa em sua homenagem: “Um pé-sujo cheiroso | onde o fígado faz mal pra bebida |e o ovo de codorna é comida | opinião é uma instituição | choro só na caixa de som| ali na curva da linha reta”. Saúde!
Serviço: Bar Otelo
Alameda Carlos de Carvalho, 625 – Centro
Capacidade da casa: 70 lugares.
Horário de funcionamento: segunda a sexta, das 16 às meia-noite. Aos sábados das 11h30 à meia-noite. Domingo não abre.
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